domingo, 26 de abril de 2009

Universo Feminino

Sei que já passou um pouco, mas vamos falar de um dia muito importante. No dia 8 de março é celebrado o Dia Internacional da mulher. Por que vamos falar desse dia depois de tanto tempo? Porque todos os dias é dia das mulheres, e nós merecemos!

Existem várias versões para a origem desse dia, mas todas remetem a greve de trabalhadoras de fábrica têxteis desde a Revolução Industrial, no século 19.

Em 8 de março de 1857, tecelãs de Nova York realizaram uma marcha por melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária e igualdade de direitos. Na época, a jornada de trabalho feminino chegava a 16 horas diárias, com salários até 60% menores que os dos homens.

Além disso, muitas sofriam agressões físicas e sexuais. Uma das versões do desfecho da marcha é a de que as manifestantes teriam sido trancadas na fábrica pelos patrões, que atearam fogo no local, matando cerca de 130 mulheres. O fim mais aceito, porém, é o da interrupção da passeata pela polícia, que dispersou a multidão com violência. A versão do incêndio é, provavelmente, uma confusão com a tragédia da fábrica Triangle Shirtwaist Company, em 25 de março de 1911. O fogo matou mais de 150 mulheres, com idades entre 13 e 25 anos, na maioria imigrantes italianas e judias.

Sendo assim, dia 8 de março é para celebrar que depois de muita luta as mulheres conseguiram conquistas sociais, políticas e econômicas, assim como é para lembrar a todos as discriminações e violências a que as mulheres ainda estão sujeitas em todo o mundo.

Depois de toda a explicação histórica, voltamos ao foco da coluna: os infortúnios diários que toda mulher passa. Coisas comuns que faz qualquer mulher descer do salto, mesmo que ria depois da situação.

Meia-calça

A meia-calça é um dos principais acessórios femininos. Utilizada para valorizar com elegância as pernas femininas, alongar e esconder algumas imperfeições. As mulheres recorrem à meia-calça tanto no dia-a-dia tanto para uma festa num final de semana.

O que a maioria dos homens não sabe, é da verdadeira guerra travada para ficarmos prontas quando resolvemos usar esse acessório.

Quantas meia-calças não são desfiadas antes de serem vestidas? Quantas vezes, na hora de ajeitar a meia para a risca ficar reta, a unha não puxou um fio e colocou tudo a perder? Quantas vezes, ela não desfiou minutos antes de sair?

Dependendo da altura que a meia desfia, da pressa que você está e da falta de outra meia para trocar, é comum recorrer ao truque da base de unha. Passa por onde desfiou para que ela não desfie mais. Não que isso funcione por muito tempo, mas para uma medida emergencial está de bom tamanho.

Além dessas opções, existe a pior, a fatídica. A meia rasga quando você acaba de chegar a uma festa. É tão constrangedor, que parece que você pegou a primeira (ou a única) meia da gaveta e nem conferiu o estado dela...

Sem contar, que são poucas as mulheres que tem o dom de ir a uma festa com a meia-calça e voltar com ela inteira!
Claro que a melhor coisa a fazer, dependendo do lugar, é relaxar e curtir, e se for o caso, tirar a meia-calça.

Certo dia, li uma história onde um homem enquanto tomava café, ouviu a conversa entre duas colegas do trabalho.

Uma delas estava dizendo que havia encontrado a meia-calça ideal. Material resistente e exatamente cor da pele dela, já que dessa forma, não apareceria na roupa.

O rapaz intrigado pediu desculpas por estar prestando atenção, mas decidiu perguntar. – Por que vocês usam a meia-calça e se preocupam tanto como ela tem que ser, se não pode parecer que está usando meia?

Bom, no fim da história, ele desiste de saber a resposta, já que as duas caíram na gargalhada e não puderam responder!

Pois é, depois de todo sofrimento, ainda temos que passar por isso.

E ah! Quem nunca usou a meia-calça pra apertar aquela barriguinha? Pois sim, a meia-calça também tem essa finalidade. Já usei várias vezes por conta disso, até mesmo com calça jeans! Mas vocês não leram isso e ninguém precisa saber.

E é quando justamente precisamos dela que a conquista de vestir uma meia-calça fica cada vez mais distante. Sim, porque nós temos que pular pra elas subirem, ou até mesmo deitar na cama e pronunciar a famosa frase: “Você vai entrar!”.

Bem, se continuarmos no quesito roupas, vamos chegar a um dos grandes pesadelos da maioria das mulheres: as lojas de departamento, como C&A, Riachuelo, Renner e CIA.

O quanto é deprimente você entrar numa loja e notar que uma calça 38 corresponde a ¾ da sua coxa? Pois bem, nesses longos anos de idas e vindas dessas lojas, cheguei a algumas conclusões.

Primeiro, essas roupas não são feitas para “humanas”. Tipo, nada contra àquelas que a roupa “cai como uma luva”. Pode até parecer dor-de-cotovelo, mas a questão é: a brasileira tem quadril, gente. Quadril, entende? Quadril, oras! Mas o surpreendente é que, na hora que vemos que não cabe nada, mentalizamos “Não queria mesmo...” Mas quem é que não sai da loja falando que vai fazer um regime?

Hoje em dia passo longe da seção de calças dessas lojas... Cansei de me iludir com regimes.

Ainda pensando no visual, podemos falar da pranchinha ou da escova.

Vai dizer que você NUNCA passou mais de uma hora arrumando o cabelo para sair, e pegou uma chuva? Ou uma corrente de ar?

E então a coisa piora! Porque pior do que o cabelo sem arrumar, é o cabelo que passou por uma dessas avalanches de ar.

E para concluir, vamos ao martírio dos banheiros públicos. Qualquer banheiro público.

A primeira coisa que encontramos no banheiro público feminino, é a fila! Sim, ela pode ser quilometrica ou ter apenas umas quatro ou cinco mulheres na sua frente, mas ela vai estar lá.

Em seguida, já conformadas com a fila, contamos quantas faltam até você e o número de banheiros, depois você tenta não se concentrar nisso. Parece que só aumenta a vontade de ir ao banheiro.

Com o tempo, você passa a controlar o tempo que as outras pessoas estão levando, e isso te tira do sério... você começa a fazer uma dancinha ridícula... De um lado para o outro como se isso amenizasse algo. As outras mulheres olham prá você, discretamente cruzando as pernas também. Todas sorrindo amavelmente tentando esconder a tensão.

Quando você assume a "liderança" da fila, fica na ansiedade de qual porta vai abrir primeiro e a angústia é tanta, que quando a porta abre, quase não dá tempo da outra pessoa sair.

Você entra e percebe que o trinco não funciona, mas não importa. Eles quase nunca funcionam mesmo.

Como não tem trinco, só lhe resta a opção de segurá-la com uma mão. Hora de pendurar a bolsa no gancho que tem atrás da porta e, se não tem gancho, você a pendura no pescoço ou pendura no braço que está segurando a porta, enquanto se equilibra, com a outra mão, você abaixa a calcinha e fica "em posição"... .

Alívio... Ahhhhhh... Mais alívio...

Aí é quando suas pernas começam a relaxar e você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o vaso e nem cobrir com papel, como sua mãe te ensinou. Nessa hora você quase tem um treco de tão aliviada... aí dá uma desequilibrada e erra a mira.

Pronto!!!! O suficiente pra ficar molhada até as meias e é obvio que dá pra notar.
Então você procura o rolo de papel higiênico, maaaas... O rolo tá vazio!
E as suas pernas continuam querendo relaxar.

Você se lembra de um pedacinho de papel que deixou na bolsa. E agradece de estar com a rinite atacada. Mas o papel é tão pequeno que mal absorve.

Nesse momento, tentam entrar no banheiro e como a porta está sem trinco, você leva uma portada na cabeça.

Desestabilizada com a portada você tropeça para trás e cai sentada no vaso. Mas consegue segurar a porta e informar: "Tem gente!".
Você se levanta rapidamente, mas já é tarde...

Seu traseiro já entrou em contato com todos os germes e formas de vida do vaso porque VOCÊ não o cobriu com papel higiênico que, de qualquer maneira, não havia, mesmo se você tivesse tido tempo de fazer isso.

Sem contar o golpe na cabeça, a espirrada de xixi nas pernas e nas meias, que ainda estão molhadas... vem a lembrança de sua mãe, que estaria terrivelmente envergonhada de você, porque o traseiro dela nunca sequer tocou o assento de um banheiro público porque, francamente, "você não sabe que tipo de doença poderia pegar".

Aí é, finalmente, quando você se rende... Está exausta! Você sai!

Não bastando tudo isso, tem as benditas torneirinhas de lavar as mãos. Elas ficam acionadas por meio segundo e desligam, dessa forma você tem que ficar tentando achar o bendito sensor para que saia mais água. Ah sim, e os sabonetes, bem eles são como os trincos das portas, nunca estão lá também.

Enxugar as mãos é impossível quando se depara com aqueles ventiladores. Depois de alguns soprinhos e muito barulho (sem encostar no aparelho por que você já leu na internet que pode ser eletrocutada), você acaba enxugando as mãos na própria roupa mesmo, enquanto passa pela fila de mulheres que ainda estão esperando com as pernas cruzadas e, nesse momento, você é incapaz de sorrir cortesmente.

Enquanto isso seu namorado, marido, pai ou irmão, que entrou, usou e saiu do banheiro masculino, e teve tempo de sobra pra ler "Guerra e Paz" enquanto esperava, te pergunta: "Porque demorou tanto?"

É nessa hora que você dá um pontapé nele e o manda se catar!

Essas são só algumas situações que nós passamos e depois de ficarmos doidas da vida com o que aconteceu, caímos na risada. Como você deve estar fazendo agora e pensando: “Caramba, eu passo por tudo isso mesmo!”.

A todas, um feliz dia das mulheres, mesmo que atrasado! Porque nós merecemos!


Agradecimentos: a Morgana Black, a Corvinal mais amor do mundo pelo apoio.

Texto: Gabione e Rafuxa

3 comentários:

Mari disse...

essa matéria, ta tipo, simplesmente hilária HUAHUAHUAHUHAUHAUHAU, parabéns meninas

Anônimo disse...

o pior é que é EXATAMENTE assim! na hora a gente xinga deus [hahaha é modo de falar, nada contra voce xD] e o mundo, mas depois a gente só dá risada =D

Jéssica O. disse...

hahaha.
amey!

é EXATAMENTE assim. sério, mulher sofre, e sofre bonito.

a parte do banheiro é a pior. porque é puramente verdadeira. ¬¬

parabéns pelo texto, gurias. ;D